A Comunicação é uma das necessidades inerente ao homem. Seja onde for, precisamos nos comunicar para buscar aquilo que queremos ou pretendemos. Mas não são só as pessoas que comunicam, as coisas que nos cercam são dotadas de simbologia, onde cada um desses símbolos nos trazem alguma figuração, expressão ou informação. Nesse sentindo, logo pensamos no espaço que ocupamos, na casa em que moramos, no município em que habitamos... Ou seja, o ambiente ao qual estamos inseridos nos influencia de alguma forma e isso é bastante evidenciado através da polifonia nos espaços urbanos.
As cidades compreendem espaços urbanos de ricos campos de comunicação, seja pelas diversas coletividades humanas em contato nos espaços públicos, seja pelo conjunto de estímulos visuais que proliferam nas ruas. Então, além de serem palcos de importantes acontecimentos sociais, culturais, políticos, bem como centro de fluxos financeiros e trocas comercias, as cidades são espaços de articulação de sentidos e experimentação das diferenças no interior do qual subjetividades, criadoras ou não, podem ser geradas. Nesse sentido, segundo Sodré (2006),uma característica marcante da comunicação que podemos encontrar nas ruas das grandes cidades é seu caráter predominantemente visual, isso porque as imagens prevalecem em detrimento da linguagem verbal. Dessa forma, a predominância dos imagens na comunicação urbana contribui para que as mensagens sejam rapidamente mais assimiladas num ambiente marcado pela velocidade dos fluxos humanos e pela proliferação dos signos comunicacionais que disputam o olhar de quem passa (SODRÉ, 2006).
A partir disso, considerando a diversidade de elementos que constituem o cenário comunicacional da cidade, podemos compreender que a comunicação urbana é marcada pela polifonia, pois está repleta de elementos estética, conteúdo e propósitos particulares. A polifonia compreende um conjunto de vozes, e nesse caso, os diferentes signos que constituem a paisagem das cidades integram um imenso coral urbano , em que cada elemento pode ser considerado como uma voz que canta em determinado tom fragmentos de uma mesma canção polifônica. Mais especificamente, é possível identificar que na cidade esses vozes, por vezes ditas contraditórias, coexistem em constante luta simbólica devido a disputa de ideias e posições subjetivas geradas por elas e, principalmente, pela ocupação dos espaços (SODRÉ, 2006).
Ainda segundo Sodré (2006), a comunicação nas ruas diferentes da comunicação de massa (das mídias) tem uma particularidade que é o imperativo sobre as pessoas, pois, seja por onde passamos, podemos visualizar diversos elementos independente da nossa vontade. E quando se trata de grandes cidades marcadas como grandes centros comerciais, há uma profusão de signos comunicacionais que ocupam os lugares públicos e interpelam, de diversas maneiras, os cidadãos. Assim, para identificar tais signos caraterizados como as vozes que compõe a polifonia nas cidades, considera-se três aspectos que expressam como isso pode interferir na construção das subjetividades das pessoas: Arquitetura, paisagismo e urbanismo; comunicação institucional: publicidade ao ar livre e Comunicação marginal: inscrições urbanas (SODRÉ, 2006).
Nesse sentido, trago três imagens que caracterizam cada um desses aspectos como vozes que comunicam a cidade de Salvador e que provocam alguma reflexão na subjetividade dos cidadãos soteropolitanos que as visualizam. Esses imagens, na verdade, paisagens refletem cada um desses aspectos e, de certa fora compõe, um conjunto de vozes expressam a polifonia da cidade de Salvador.

A partir disso, considerando a diversidade de elementos que constituem o cenário comunicacional da cidade, podemos compreender que a comunicação urbana é marcada pela polifonia, pois está repleta de elementos estética, conteúdo e propósitos particulares. A polifonia compreende um conjunto de vozes, e nesse caso, os diferentes signos que constituem a paisagem das cidades integram um imenso coral urbano , em que cada elemento pode ser considerado como uma voz que canta em determinado tom fragmentos de uma mesma canção polifônica. Mais especificamente, é possível identificar que na cidade esses vozes, por vezes ditas contraditórias, coexistem em constante luta simbólica devido a disputa de ideias e posições subjetivas geradas por elas e, principalmente, pela ocupação dos espaços (SODRÉ, 2006).Ainda segundo Sodré (2006), a comunicação nas ruas diferentes da comunicação de massa (das mídias) tem uma particularidade que é o imperativo sobre as pessoas, pois, seja por onde passamos, podemos visualizar diversos elementos independente da nossa vontade. E quando se trata de grandes cidades marcadas como grandes centros comerciais, há uma profusão de signos comunicacionais que ocupam os lugares públicos e interpelam, de diversas maneiras, os cidadãos. Assim, para identificar tais signos caraterizados como as vozes que compõe a polifonia nas cidades, considera-se três aspectos que expressam como isso pode interferir na construção das subjetividades das pessoas: Arquitetura, paisagismo e urbanismo; comunicação institucional: publicidade ao ar livre e Comunicação marginal: inscrições urbanas (SODRÉ, 2006).
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Todos essas imagens podem causar diversas impressões nas pessoas que as visualizam. Há quem admire, há quem ignore, há quem critique, há quem elogie... O fato é que esses são elementos que caracterizam as vozes de uma grande cidade e ao mesmo tempo mexem com a subjetividade das pessoas que as presenciam. Assim, numa cidade, para identificarmos elementos que nos comunique alguma coisa, basta sairmos por aí em busca de símbolos.
Referência:
SODRÉ, R.F. A comunicação na cidade: polifonia
e produção de subjetividade no espaço urbano. Intercom, set. 2006. Disponível em: <http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2006/resumos/R1072-1.pdf>.
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